As pinturas abstratas que realizou no final da década de 60 exploram o tema da caracterização do espaço pictórico e da sugestão ambígua de espaços interiores e de espaços exteriores.
A tendente antropomorfização da sua arte foi-se traduzindo na utilização do seu próprio corpo enquanto objeto ou tema da pintura. Corresponde esta produção artística a uma nova fase de trabalho, talvez a mais conhecida, marcada pelo recurso à fotografia, com carácter marcadamente conceptualista. Estas fotografias eram normalmente realizadas pelo seu marido, Artur Rosa, também ele artista plástico (arquiteto e escultor) e eram manipuladas através da utilização de pintura ou de desenho para introdução de elementos visuais (linhas, manchas) de forma a obter diferentes significações.
As fotografias eram frequentemente organizadas em grupo, criando sequências de ação. Anula-se assim a diferença entre pintura e fotografia e entre interior e exterior. Associadas, fotografia e desenho ou fotografia e pintura sintetizam a representação, com tendência para a objectualização dos elementos da linguagem plástica. Há uma certa ênfase ritualista que se afasta de qualquer intenção de realização de auto-retratos de sentido narcisístico, como se revela nos trabalhos "Variações e fuga sobre o corpo", "Tela habitada" ou "Estudos para um enriquecimento interior", todas datadas da década de setenta.
Algumas fotografias foram completadas com manchas azuis, verdes ou negras. Exemplo destes trabalhos são as fotografias tratadas com tinta negra, procurando negar os limites do corpo, como na obra "Negro Exterior", de 1981.
Obras:
Fonte: http://www.infopedia.pt/$helena-almeida
http://www.wikiart.org/en/helena-almeida
Sem comentários:
Enviar um comentário